Às vezes olho em volto e tudo me parece perfeitamente bem.
Fico com vontade de transformar tudo num caos. Porquê ter uma vida sem confusões?! É menos um propósito que dá razão à nossa presença.
Não ter de as resolver faz-me ficar com tempo para fazer...p' não fazer nada no final de contas.
Provalvelmente parece incompreensível o que sinto já que não é só da resolução de chatices que vivemos, ou pelo menos que devemos viver...eu sei que neste mundo tão complexo já cheio de conflitos que bastem, é no mínimo estranho pensar que quando algo está bem, eu não estou.
É óbvio que me sinto feliz, despreocupada, satisfeita em momentos em que vai tudo seguindo a ordem que eu desejo, apenas gostava de por vezes enfrentar mais as sensações negativas da vida, por mais desagradáveis que possam vir a ser.
Talvez para me assegurar de que não me faltarão forças e ânimo para superar qualquer adversidade. Para ter a garantia de que não existirá nada impossível de vencer e dessa forma saber que consigo ir sempre mais longe. Espero, estou carente, pretendo...um pouco de emoções fortes.
Sinto-me misteriosamente protegida, reservada desse lado obscuro, ao aperceber-me do sofrimento por que muita gente passa. Talvez não tenha essa capacidade...
Claro que em duas décadas enfrentei situações muito pouco apetecíveis e continuo a deparar-me com fases menos simpáticas mas facilmente ultrapassáveis, porém neste preciso momento a minha mera existência parece demasiado organizada, desinteressante e monótona.
E se vêm por aí muitas desilusões? Bem, é sempre preciso cuidado com os pedidos que se lançam. Cá estarei para saber se ultrapassei o limite do razoável...
quinta-feira, 28 de julho de 2005
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