quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Não procures a felicidade...

Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade. (Mestre Khane)

Hoje dei por mim a pensar como seria se tivesse arriscado sempre que reprimia uma intenção. Penso que tenho alguma habilidade especial para isso, muitas vezes deixo passar a felicidade (ou pelo menos uma oportunidade para tal) em prol de me sentir em segurança. E passo a explicar porque coloco a palavra felicidade em itálico:
Justamente por ser um conceito susceptível de várias sentenças e pode incluir vários níveis. Além disso nunca poderei ter a certeza de que a encontraria mesmo.


Sem arriscar, não me ponho em linhas de fogo. Não corro perigo de humilhação. Não corro perigo de desiludir-me. Fico num espaço imune que se por um lado me protege, por outro acaba por me transportar para uma enorme soldião.

Contudo, mesmo em plena consciência desse revés, eu, cobardemente, embora hesitante, acabo por me render sempre a essa protecção. Fico só. Ninguém sabe porque estou feliz. Ninguém sabe porque correm lágrimas na minha face. Ninguem sonha o que faz o meu coração acelerar, nem o que o parte em pedacinhos. É isso que sinto neste momento. Uma enorme solidão. Sinto-me afastada do mundo. Excluída de onde nem sequer desejei entrar. Nunca pedi para estar aqui. Nunca fiz nada por isso.


Quem sabe se tudo o que desperdicei não foi o que me trouxe a ti. Sinto pena. Não sei dizer se faria tudo de outra maneira. Apenas sei que te quero a ti. Não sei porquê. Não sei por quanto tempo. Sei apenas que faz-me falta ver o teu sorriso. Faz-me falta sentir-te. Faz-me falta ouvir palavras doces, que me fazem sonhar.

2 comentários:

Anónimo disse...

A felicidade é um tema que dava para escrever imenso! Mas, para mim, a felicidade acaba sempre por ser um conjunto de momentos felizes e não um local ideal que se planeia alcançar. Se passas a vida em busca dela estás a perder tudo o resto pelo caminho...

Quanto ao arriscares ou não...é uma de pensares qual das duas situações te faria mais feliz: estar em segurança ou o próprio risco. Se estiveres mais feliz dentro da tua concha é assim que deves continuar, senão sentires isso (como me parece a mim que não sentes) é altura de mudar :)! A vida é um risco*

Anónimo disse...

olha.. como dizem por aí os 'outros' (sejam kem forem) don't worry, be happy... or ate least, feel happy =)