quinta-feira, 6 de julho de 2006

Reminiscências de um passado prostrado

Fartei-me! Fartei-me de ter que aceitar tudo, sabes? De ver o mundo a desabar mesmo à minha frente e eu? Eu simplesmente resignada tentado lidar o melhor que posso com isso... Fartei-me de ser obrigada a pensar que daí p'ra frente as coisas iriam de certeza melhorar.

E fartei-me porque na realidade nunca melhoram. O «mal» espalha-se e persegue todas as fases que se seguem. É como um cancro que começa num determinado ponto do corpo mas depois estende-se gerando as metástases. São essas metástases que me perseguem agora.

Pensar que eventualmente essa fase, com a evolução natural que tomaria a vida, reduzir-se-ia a um período menos positivo mas completamente superável foi a única forma que aperfeiçoei de modo a poder lidar com isso. Apesar de se resumir a um modo impotente de encarar a realidade.

Mas não. Não vale a pena aceitar e deixar passar. Fartei-me disso. Porque não é por isso que hoje estou bem. Não foi isso que me trouxe felicidade.
Tudo bem, é certo que ainda não tenho outra forma de enfrentar a imperfeição da minha vida senão aceitá-la com os incovenientes inerentes.

De qualquer modo pretendo evitar que se repita. Só depois saberei se fui bem sucedida...

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