segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Doesn't matter

Uma estrada deserta. Sem rasto de animação. Sem rasto de movimento. Uma estrada sem rasto de vida. Esquecida. Perdida. Um traço no mapa. Coberta de neve. Escondida. Sem precisão. Obra do acaso. Sem futuro? Sem fim. Passar. Não interessa. A neve fica. Acompanha o seu crescimento.

sábado, 24 de dezembro de 2005

Hard answer for a simple question

Who can show me the real meaning of Christmas?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Final da linha

Estou deprimida. Esgotada. Sem forças. Desfeita. Derrotada. Não aguento mais. Só quero gritar o quanto isto me consome. Nem sei como foi possível suportar todo este tempo. Serviu para me ir corroendo. Angustiando.
Porquê? Porquê comigo? Porque não desiste? Quero punir quem me provoca este estado de espírito. Serei eu que devo ser punida?
Somente peço que tudo acabe e recomece de novo. Quando se segue um caminho que não nos pertence não vale a pena forçar. Eu sei. Eu fi-lo. Arrependi-me. Não quero mais. Cheguei ao fim da linha. Da minha linha...




quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Não procures a felicidade...

Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade. (Mestre Khane)

Hoje dei por mim a pensar como seria se tivesse arriscado sempre que reprimia uma intenção. Penso que tenho alguma habilidade especial para isso, muitas vezes deixo passar a felicidade (ou pelo menos uma oportunidade para tal) em prol de me sentir em segurança. E passo a explicar porque coloco a palavra felicidade em itálico:
Justamente por ser um conceito susceptível de várias sentenças e pode incluir vários níveis. Além disso nunca poderei ter a certeza de que a encontraria mesmo.


Sem arriscar, não me ponho em linhas de fogo. Não corro perigo de humilhação. Não corro perigo de desiludir-me. Fico num espaço imune que se por um lado me protege, por outro acaba por me transportar para uma enorme soldião.

Contudo, mesmo em plena consciência desse revés, eu, cobardemente, embora hesitante, acabo por me render sempre a essa protecção. Fico só. Ninguém sabe porque estou feliz. Ninguém sabe porque correm lágrimas na minha face. Ninguem sonha o que faz o meu coração acelerar, nem o que o parte em pedacinhos. É isso que sinto neste momento. Uma enorme solidão. Sinto-me afastada do mundo. Excluída de onde nem sequer desejei entrar. Nunca pedi para estar aqui. Nunca fiz nada por isso.


Quem sabe se tudo o que desperdicei não foi o que me trouxe a ti. Sinto pena. Não sei dizer se faria tudo de outra maneira. Apenas sei que te quero a ti. Não sei porquê. Não sei por quanto tempo. Sei apenas que faz-me falta ver o teu sorriso. Faz-me falta sentir-te. Faz-me falta ouvir palavras doces, que me fazem sonhar.

domingo, 11 de dezembro de 2005

Mysterious Song

There will never come a day that you'll ever hear me say that I want or need to be without you. I wanna give you my all. Baby just hold me. Simply control me, because your arms, the keep away the lonely. When I look into your eyes then I realise all I need is you in my own (all I need is you in my life) Cause I never felt this way about loving you. No. Never felt so goog, baby. Never felt this way about loving it feels so good.

Esta é simplesmente uma música que eu adoro e cada vez que a ouço fico arrepiada (se bem que agora estes arrepios também se possam dever ao frio que está :P) De qualquer forma a letra é linda, cantada nem se fala...Como é óbvio não vou revelar aqui quem canta porque é uma música só minha :D

PS - letra escrita à medida que ouvia a música. Pois ela não se encontra na net.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Pssstt...

Como é que algo sem importância nenhuma pode tornar-se no maior dos obstáculos? Ultrapassar barreiras sempre foi e será parte das nossas funções enquanto seres (humanos - contudo nem sempre) mas qual a razão que explica que para uns esta tarefa se construa com uma fita facilmente transponível e para outras é um enorme bloco de cimento quase impossivel de mover quanto mais ultrapassar.

Confesso que houve em tempos obstáculos que não senti grande dificuldade de superar mas agora vejo-me constantemente bloqueada (embora outros de outra ordem tenham posto à prova a minha resistência - mas não me debruçarei sobre eles).

Por diversas vezes senti que as minhas dificuldades tinham chegado a um limite. E notei que apenas eu era afectada por estes cercos. Quem me acompanhava, (ou quem eu acompanhava) independentemente do grau de proximidade, transpunha essas barreiras como se de algo completamente espontâneo se tratasse.

Eu assistia. Sem acção. O meu declínio impunha-se. Eu permanecia serena. O que foi que me deu? Serei assim tão fraca?
Arme de Geistes

domingo, 27 de novembro de 2005

I guess...

Os relógios assinalam a hora.
Pontualmente. Aliás como fazem sempre
Mas esta hora parece ser mais saboreada.

Mais contida. Mais centrada
Testemunha aquilo que temia
Time out...O tempo esgotou
Chegámos ao tudo ou nada
Ao momento em que se descobre
Descobre-se se valey todo o tempo dispensado (not wasted I hope...)
Olha pra mim...sentes o mesmo que eu?
O caminho a seguir está contido nesta descoberta
Fala...Preciso de te ouvir...
Só assim terei uma resposta
O tempo depende de ti.
Será que entendes este desígnio?
Faz com que os relógios parem...
Fá-los parar, por favor...
Não quero saber que a hora chegou.

sábado, 26 de novembro de 2005

Imaginem...

Peço-vos que imagem o cenário: dia 25 de Novembro, dia seguinte à estreia do tão aguardado filme Harry Potter- Como eu claro muita gente estava desejosa de ver o filme...mas nunca pensei que fosse tanta como eu viiii :P
Chegou ao cúmulo de haver filas para entrar e o filme começar sem estarem todos sentados...


quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Quero muito ir ver...

E depois?!

Encontrar algo não significa necessariamente descobri-lo. Por vezes centramo-nos tanto nas questões mais mundanas que nos preocupam no dia-a-dia e esquecemo-nos de aproveitar a essência que a vida nos oferece e nos faz pensar que viver significa uma benção que nos foi concedida. E eu já não faço ideia do que estou a dizer por isso o acho melhor ficar mesmo por aqui...

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

O crime de um padre...que se chamava Amaro

Pretendo aqui falar-vos de um filme que anda a ser exibido actualmente nas salas de cinema (provavelmente também nas bancas dos ciganos, mas isso é outra história =P)
O Crime do Padre Amaro...
Com certeza já ouviram falar deste filme, ou viram, ou então até leram o livro com o mesmo título, contudo um pouco mais antigo (livro de Eça de Queiroz). Eu por acaso li o livro e fui há cerca de uma semana ver o filme.
Tenho a dizer que reúne uma quantidade considerável de bons actores do nosso país, e em termos comparativos em relação a outros filmes este é pelo menos um filme que se consegue ver de forma agradável do início ao fim.
Embora por razões óbvias não tenha assim tanto a ver com o conteúdo do livro, a não ser os nomes de algumas personagens e a existência de um padre que quebra o voto de celibato, é interessante ver a realidade de um livro aplicada à sociedade contemporânea portuguesa. Afinal os padres continuam a não poder quebrar esse voto, sendo obrigados a ser
100% devotos ao seu Deus e a não poderem ceder às tentações mundanas.
Acho que num balanço geral o resultado até foi bastante positivo. Estão de Parabéns.

P.S. - Porém, esta adversativa joga aqui grande importância, a quantidade das chamadas cenas intímas pudesse ser substancialmente reduzida sem prejuízo nenhum para o produto final.

sábado, 22 de outubro de 2005

A little story

Um quadro, um peluche enorme que parecia prestes a ganhar vida, uma peça de roupa esquecida na cadeira o dia anterior...
Sim, estava tudo lá!
Assim que abriu os olhos repentinamente como se houvesse algo a assustá-lo, assegurou-se que nada havia mudado. O seu coração começa a diminuir a velocidade brutal que atingira.
Sim, está tudo bem...
Mas uma inquietação irritante insinuava que aquele seria um dia diferente. Temia que muitas surpresas o aguardassem...

P.S - please go on with this story if you have something in mind!

...

I need time...I'm just to confuse and tired.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Signos

Signo: Escorpião
Planeta regente :Plutao
Elemento :Ar
Número de Ambição : 3
Número de Personalidade : 8
Número de Expressão: 11
Número de Destino: 8

Segundo seu dia de nascimento:
Você nasceu com uma imaginação privilegiada. Assim, esse deve ser o caminho a trilhar para a auto-realização, indespensável a sua felicidade. O teatro e a literatura poderiam ser, para você, meios naturais de expressão; mas nunca se mantenha preso a um trabalho rotineiro para não ter de se arrepender mais tarde. Muito cedo todos perceberão que é inútil discutir com você, pois suas ideias são arraigadas e você não parece uma pessoa de humor desigual, pode ser um bom amigo e se tornar muito popular. Uma vez que tem ideias de grande força, qualquer trabalho de cunho social poderá te atrair. Além disso, qualquer actividade que permita o desenvolvimento dos seus dotes artísticos, também te interessará. Você tem condições de fazer bem e simultaneamente diversas coisas, mas correrá o risco de esbanjar suas energias, devido a sua tendência e precipitação.

A sua ambição é:
Ter muitos amigos, contatos variados, ter vida social intensa e de um trabalho que lhe permita liberar a sua fantasia.

Você é...
Realista, boa organizadora, energética, ambiciosa e capaz. E mais dependente dos outros do que admite.

Segundo seu número de Expressão:
Procurando sempre a verdade, por não gostar de caminhos já determinados e desejar chegar ao sucesso em campos poucos comuns. Não se deixe influenciar pelo que os outros pensam de você.

Segundo seu número de Destino:
Ser alguém do mundo dos negócios. Você deve dar atenção aos valores comerciais, as ideias práticas no terreno financeiro, pois seu destino é de grande força, indica organização, sucesso e independência material. Você poderá ser uma pessoa poderosa e bem sucedida, mas isso dependerá de você ser uma pessoa preparada para trabalhar muito, organizar-se e desenvolver profundamente o seu discernimento. Se você eventualmente encontrar um tipo de vida estreito, sem compensações, é porque negligenciou alguma das recomendações pertinentes ao seu destino; se isto acontecer, volte atrás e tome outro caminho. Seu destino é exercer cargos de direcção, a trabalhar com um propósito ou objectivo e a empregar sua energia e ambição de modo construtivo, para o bem da comunidade. Sem dúvida você será bem sucedido porque tem equilíbrio, segurança e autocontrole, qualidades muito úteis para o campo comercial, financeiro e político. Prosperidade e progresso económido são palavras chave no seu destino. Se você não exagerar e aceitar outros valores além dos puramente comerciais, terá grande sucesso.

As coisas que procuramos só para sentir que afinal somos melhor do que julgávamos ser...lol

I Hate...

I hate the way you talk to me,
and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car.
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots,
and the way you read my mind.

I hate you so much it makes me sick;
it even makes me rhyme.
I hate it,
I hate the way you're always right.

I hate it when you lie.
I hate when you make me laugh.

even worse when you make me cry.
I hate it that you're not around,
and the fact that you didn't call.
But mostly I hate the way I don't hate you.
Not even close,
not even a little bit,
not even at all.


Este é um poema escrito pela Kat Stratford, no filme As 10 coisas que odeio em ti.

sábado, 8 de outubro de 2005

Uma carta de mim para ti...

Querido amigo:

Hoje vi-te. Estavas triste. Envelhecido. Perdeste o brilho que outrora te iluminava por onde quer que passavas. A força da gravidade cada vez tem maior peso em ti. Nem me reconheceste. Ou talvez tivesses vergonha que te visse assim. Antigamente, onde quer que nos encontrássemos fazias uma festa que não deixava ninguém indiferente.
E agora? Foste apanhado pela lei da vida. Nascer, crescer, envelhecer e por fim morrer. Tu. Tu que mostravas que nada nem ninguém te conseguiria parar.
Agora sim, vejo como somos frágeis. Julgava-te imune a qualquer passagem do tempo. Para mim eras a prova de que poderíamos resistir até quando estivessemos prontos para deixar que o tempo tomasse conta de nós. E o que encontro dos teus restos?
Não podes ter sido tu que escolheste acabar assim. Sempre te revelaste um lutador. Quando foi que perdeste as forças? Como te deixaste levar assim? Onde teve início esse fim? Sempre me foste fiel. E eu...eu não fiz nada para impedir que fosses arrastado. Mas continuo a adorar-te como sempre adorei. Meu querido cão!

Nunca te esqueças de mim
!

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Trust

Não te iludas. Sabes bem que cada vez que depositas a confiança em alguém é um pedaço de ti que lhe entregas. O que a torna especialmente perigosa.

Não são raros os enganos que constantemente acontecem. Os quais, por sua vez, não se devem à falta de avisos, à semelhança deste.
Faz parte. Somos sempre levados a acreditar. Não te censuro. É algo de que não podemos escapar.

Mas controla bem essa entrega. Não representa apenas a troca de um número de telefone. Que mais tarde tanto pode tocar, como pode permanecer no silêncio. Trata-se de algo precioso. Esse pedaço de ti que dedicas. E jamais poderá ser restituído sem que esteja danificado.


Mas então, chegará a hora da verdade. Só aí descobrirás se valeu a pena. Não é antes. Nem depois.
Apenas naquele preciso momento. Transportas as tuas dúvidas numa busca da certeza. Mas mantém na memória. As respostas que obténs nem sempre são as desejadas. É como dizem: Live and Learn.

Se caíres no erro de ultrapassar essa ténue fronteira. Se chegares além do que te for permitido. Aperceber-te-ás de que as pessoas nem sempre confirmam a regra. Estão longe de ser o que aparentam.

Sofrer...enganar...defender os nossos próprios interesses é inevitável. Mas isso aprenderás durante toda a tua existência.
Espero apenas que este conselho chegue a tempo a minimizar alguns dos eventuais estragos.

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Simplesmente palavras

O poder das palavras. Ai o poder das palavras. Se há quem diga que: palavras, levam-nas o vento, a verdade é que têm um poder incalculável por detrás da sua aparente fragilidade.
Qual punhal afiado, voam em direcções imprevisíveis: ferindo princípios, crenças e sentimentos.

Sem olhar a meios. Até mesmo as pequenas. São perigosas...incontroláveis...de alcance insondável...


Há palavras que nos fazem rir. Outras que provocam um ligeiro embaraço quando ditas a pessoas mais tímidas. Algumas ainda que trazem ao cimo um sentimento de fúria... raiva... ódio... que não pensaríamos sequer que existisse dentro de nós.

Há palavras que quando ditas no momento certo dão-nos a sensação de que o mundo se abre para nós. Oferecendo apenas alegrias. Afastando todas as tristezas.


Enquanto outras têm o poder de nos colocar fechados sobre nós mesmos. Sem querermos sequer saber que existe um mundo para além de nós.

Com toda a facilidade, mudam estados de espírito. E é quando pensamos que não nos podem afectar que mais se entranham no fundo de nós e permanecem lá a remoer. A importunar. Conseguem quase fazer-nos elouquecer.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Cada lugar teu

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Mafalda Veiga

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Do I

Someone said in the book I read, love turns on like a light in your head. When it does, you can't see why, just hold on tight, go for a ride.

Life can change in a second or two. That's how it felt when I saw you. All I need is honesty. Tell me baby...

Do I feel like someone you could love? Do I feel like someone you could hold on to? Am I the one? The one who makes you come undone?

Like a planet spinning around the sun. Something cosmic has begun. We won't swim against the tide. Well just hold on tight, go for a ride.

Lightning strikes in a second or two. That's how it felt when I saw you. I can't hold it back no more. Answer me baby... S

Something happened when I met you. I can see in your eyes, you felt it too. I don't wanna talk anymore. Be my baby...

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

What I won't ever do

Jamais poderei dizer-te que a tua existência reside numa espécie de apatia no que me diz respeito. Não é isso que os meus olhos vêem. Não é isso que o meu corpo sente. E, por mais que tente resistir, aos nossos sentidos não podemos faltar. Porém...

Jamais te poderei prometer que estes não servirão como deleite de eventuais tentações. Afinal o que te ligou a mim. O que te fez alguma vez achares que eu seria especial. Não passa de algo que vês em mim sem qualquer correspondência com a realidade. Mas...

Jamais me perdoarei se por momentos sentir alguma dor te provoquei. Por mais pequena que seja. Por mais insignificante que pareça. Ela permanecerá sempre lá. Ela não nos deixará seguir. Mesmo que até nem doa. É uma dor que não mata mas mói. Do mesmo modo...

Jamais te perdoarei se fores tu a provocar qualquer sofrimento. Não é dessa forma que tu ages. Não é assim que te conheço. E isso poria, sem qualquer dúvida, em causa tudo aquilo em que se baseia esta ligação. E por isso...


Jamais deixarei de expor todas as minhas energias em função desta união. Em momento algum deixarei de reunir todos os esforços em favor de algo em que acredito. Assim como creio que seja essa a tua posição.

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Fingir o que sentir ou sentir o que finjo?

“Somos criaturas de tal modo volúveis que até acabamos por sentir os sentimentos que fingimos”
Benjamin Constant

Será esta citação verdade? Será isso que constantemente acontece entre as relações humanas que percorrem o globo terrestre?

E se for? Não passaram esses sentimentos fingidos automaticamente a ser algo real, se acabamos por senti-los?

Se assim acontece, suponho que esses tais sentimentos não podem ser denominados «fingidos», no máximo são sentimentos criados por nós.

Não os fingimos, apenas criamos sentimentos que acabamos por assumir com total propriedade.

Tal atitude não é legítima? Quem o pode afirmar? A legitimidade desta criação deixou de ser questionável a partir do momento em que o Mundo inteiro se move num processo de incessante produção.

Essa volubilidade do Homem ao contrário do que poderia fazer prever contribui para a transformação de outro mecanismo num sistema de criação.

Se nada escapa a esse processo nada mais natural do que tornar algo tão espontâneo e sincero como as emoções humanas num princípio de pura decisão. Será?

A natureza do ser humano não lhe permite deixar o que quer que seja fora do seu controlo. Eu criei, eu possuo, eu decido!

E se uma única sensação «rebentar» fora do previsto, há que ter muito cuidado a lidar com ela. Não vá deitar tudo a perder...

black out

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Impulses...


“Todo o impulso que nos apressamos em estrangular vem açoitar-se-nos no espírito e envenena-nos”

Oscar Wilde

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Vou viver, até quando eu não sei...

Sempre pensei que a felicidade seria algo que acabaria por alcançar. Se não me sentia feliz, realizada era porque estava ainda em fase de construir esse estado de graça.
Agora tenho medo. Medo de estar sempre num período de espera por essa tal felicidade e que esta fique pelo caminho e nunca chegue a tempo de me trazer uma vida próspera. Despertei para a realidade ao aperceber-me de que sendo a existência de cada um da sua inteira responsabilidade, se "ela" não me alcançar quem errou fui eu!
E ENTÃO EU TENHO MEDO DE DEITAR TUDO A PERDER.
Assusta-me a simples hipótese de chegar ao fim deste percurso e sentir-me frustrada. Sentir que a minha presença neste ciclo não teve qualquer sentido. De saber tudo o que idealizei não passou de meros planos, sem qualquer efeito concreto.
Mais uma vez receio. Que este meu medo bloqueie a minha força para lutar e que eu me deixe levar pela inércia de que tenho sofrido.
Tantos projectos...afinal criar ambições é o que nos permite evoluir. Serão as minhas demasiado elevadas em relação ao esforço que consigo suportar?
Mas são estes planos sustentam a réstea de esperança que sobrevive em mim.
Sinto um aperto no coração ao pensar se irão passar de castelos de areia criados por mim.
Porque tudo é tão efémero. A
felicidade são apenas rasgos momentos de alegria que fogem tão repentinamente como aparecem.
Carpe Diem é o que costumam dizer... porém há que aproveitar o dia preparando o nosso bem estar para um futuro...ainda que seja próximo.
Sempre pensei que seria de uma forma mais ou menos natural e relativamente despreocupada que conquistaria os meus objectivos com o desenrolar do tempo e dos acontecimentos. Nunca pensei que exigisse tanta dedicação ao ver que se está a ir por outro caminho...

Vou viver até quando eu não sei...

Humanos

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

O peso e a leveza

"Ao mesmo tempo, aparece-me outra imagem: a de Nietzsche a sair de um hotal de Turim. Vê um cocheiro a vergastar um cavalo. Chega-se ao pé do cavalo e sob, o olhar do cocheiro, abraça-se à sua cabeça e desata a chorar.
A cena passava-se em 1889 e Nietzsche, também ele, já se encontrava muito longe dos homens. Ou, por outras palavras, foi precisamente neste momento que a sua doença mental se declarou. Mas, na minha opinião, é justamente isso que reveste o seu gesto de um profundo significado. Nietzsche foi pedir perdão por Decartes ao cavalo. A sua loucura (e portanto o seu divórcio da humanidade) começa no instante em que se põe abraçado ao cavalo.
E é desse Nietzsche que eu gosto, tal como gosto da Tereza que tem ao colo a cabeça de um cão mortalmente doente e que a afaga. Ponho-os um ao lado do outro: tanto um como outro se afastam da estrada em que a humanidade, «dona e senhora da natureza», prossegue a sua marcha sempre em frente."
Milan Kundera, in A Insustentável Leveza do Ser

Uma noite...

Era noite. Estava frio. Caía uma chuva intensa que a impedia de ver quem quer que passasse lá fora enquanto espreitava por uma janela meio rachada. A única forma de ligação que encontrara com o mundo exterior.

Chegara a altura de ir embora, apesar de não ter qualquer ideia de como iria prosseguir. Pela primeira vez na sua vida encontrava-se sem qualquer plano. Apenas estava segura de que tinha de abandonar aquele lugar.

Preparava-se para sair quando repara num reflexo ao seu lado. Encontrara um espelho. Ali via reflectido o que dela ainda restava: um semblante lastimável. Ali descobre que nada revela com maior fidelidade os defeitos do ser humano.

Talvez por ser demasiado rigoroso esteja constantemente suscpetível a reacções irrascíveis. Torna-se o culpado do que exibe, quando é um inocente objecto que reproduz o que vê, sem qualquer responsabilidade sobre o seu alcance.

Desta vez também não é excepção. Uma pequena estatueta que por um infeliz acaso se achava em sua frente serviu para mais um rasgo de destruição naquela morada. O espelho reduz-se em mil bocadinhos, alguns deles sujos de sange. Ela cortara-se.

Esbaforida foge, sem saber de quê. Corre até onde as suas forças permitem. E os carros...ao chegar a meio da estrada recebe apitos ensurdecedores. Não era suposto estar ali.

Corre ainda mais. E ainda mais intimidada com o que se passa ao seu redor e com a chuva que lhe cai em cima do corpo e lhe molha as manchas de sangue que se vão acumulando na sua roupa...

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Não fales...

Não fales. É a única forma de a razão permanecer do meu lado.
As tuas palavras serão com armas que sem grande esforlo derrotam a frieza que crio em mim para me proteger.


Os teus jogos ardis são poderosos mas apenas se te deixar falar.
Seduzes-me sempre com explicações dissimuladas, aparentemente impossíveis de contrariar.

Mas agora não. Não...Desta vez vais permanecer calado. A tua hábil subtileza que me domina foi revelada.
Talvez não fosse tão subtil como pensavas. Ou talvez os devios que dissimilavam excedessem os limites dessa convicção.

Assim forço-te ao silêncio, porventura a teu ver pertubador, contudo é a minha luz ao fundo do túnel.
E agora, como te sentes?
O que pensas restar de ti?
Em mim ganho a certeza de que nada perservas.

As perdas que sofreste foram demasiado vastas e os danos desta ligação irreparáveis.

Deverei reconsiderar? Estou segura de que de modo nenhum devo voltar atrás. Afinal não te poderei silenciar para sempre...

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Intricada...

Às vezes olho em volto e tudo me parece perfeitamente bem.
Fico com vontade de transformar tudo num caos. Porquê ter uma vida sem confusões?! É menos um propósito que dá razão à nossa presença.


Não ter de as resolver faz-me ficar com tempo para fazer...p' não fazer nada no final de contas.
Provalvelmente parece incompreensível o que sinto já que não é só da resolução de chatices que vivemos, ou pelo menos que devemos viver...eu sei que neste mundo tão complexo já cheio de conflitos que bastem, é no mínimo estranho pensar que quando algo está bem, eu não estou.
É óbvio que me sinto feliz, despreocupada, satisfeita em momentos em que vai tudo seguindo a ordem que eu desejo, apenas gostava de por vezes enfrentar mais as sensações negativas da vida, por mais desagradáveis que possam vir a ser.
Talvez para me assegurar de que não me faltarão forças e ânimo para superar qualquer adversidade. Para ter a garantia de que não existirá nada impossível de vencer e dessa forma saber que consigo ir sempre mais longe. Espero, estou carente, pretendo...um pouco de emoções fortes.
Sinto-me misteriosamente protegida, reservada desse lado obscuro, ao aperceber-me do sofrimento por que muita gente passa. Talvez não tenha essa capacidade...
Claro que em duas décadas enfrentei situações muito pouco apetecíveis e continuo a deparar-me com fases menos simpáticas mas facilmente ultrapassáveis, porém neste preciso momento a minha mera existência parece demasiado organizada, desinteressante e monótona.

E se vêm por aí muitas desilusões? Bem, é sempre preciso cuidado com os pedidos que se lançam. Cá estarei para saber se ultrapassei o limite do razoável...

quarta-feira, 27 de julho de 2005

Descalça vai para a fonte...

Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura
Vai formosa e não segura
!

Leva na cabeça o pote
O testo nas mãos de prata
Cinta de fina escarlata
Dainho de chamalote
Traz a vasquinha de cote
Mais branca que a neve pura
Vai formosa e não segura!

Descobre a touca a garganta
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor d'encarnado
Tão linda que o mundo espanta
Chove nela graça tanta
Que dá graça à formosura
Vai formosa e não segura!

Luís Vaz de Camões

Ora bem é quase certo que toda a gente já conhece este poema, ou pelo menos é-lhe algo familiar. Pois é estudado no secundário, contudo decidi postá-lo aqui neste blog para permitir uma interpretação mais livre de quem o ler =P, já que nessa altura a interpretação que fazíamos era completamente induzida pelo que o professor ensinava/ dizia.
Assim sem qualquer tipo de manipulação (lol) podem vê-lo.
Acredito que não seja dos vossos preferidos mas eu acho-lhe uma certa graça
!

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Dejá Vú

Certamente que pelo menos uma vez na vida toda a gente já experimentou, mais ou menos profunda, uma sensação de Déjà vú (traduzido para português: Já Visto). E certamente que da mesma forma não há ninguém que nunca tenha ouvido falar em tal tipo de sensação. De qualquer modo vou aproveitar para expor o que para mim significa.

Acontece-me frequentemente sentir que a "cena" que estou a viver é uma repetição de algo que já passei. Mas tão perfeita que por vezes me assusta. Esta repetição traduz-se em eu estar num local onde já estive, a olhar exactamente para a mesma coisa, da mesma perpsectiva, a ouvir exactamente o mesmo e, o mais incrível, a ter o mesmo tipo de pensamento! Que pode até nem ter nada que ver com o contexto onde me encontro, mas ser algo que sem razão aparente me ocorreu, numa situação idêntica.
O facto de não perceber o porquê de me parecer que já vivi "aquilo" antes causa-me alguma frustração. Penso, inclusive, que não há explicação para estas impressões, pelo menos um motivo 100% confirmado e aceite pelos peritos em psicanálise e noutras ciências relacionadas.

Entre outros assuntos até hoje mantidos sob os misteriosos desígnios da psíquica humana estão também a telepatia e os sonhos premonitórios que tantas suposições, tantas especulações, tantas teses suscitaram e continuam a suscitar até que deixe de existir qualquer segredo sobre as potencialidades do cérebro e o poder mental do homem.
E vocês? Como apreciam estas questões?!

quinta-feira, 7 de julho de 2005

7 de Julho de 2005

Hoje Londres foi alvo de um atentado terrorista, já reinvidicado pela Al-Quaeda. Embora de menor dimensão só vem provar que os terroristas não desistiram de matar civis à custa de conflitos que alimentam com os poderes políticos dos países apoiantes dos EUA. E mais, demonstra que estão muito longe de pensar parar. Dia 11 de Setembro de 2001, Nova Iorque perde o World Trade Center, e com ele milhares de cidadãos de várias nacionalidades, dada a multiculturalidade que se encontra nos States. Dia 11 de Março de 2004, Madrid vê as suas estações de combóio explodirem, recuperava-se de uma explosão já estava outro pronto a explodir, sem se saber quando ia acabar. 7 de Julho de 2005, Londres. No dia seguinte a saber-se que seria a cidade olímpica em 2012. São apenas três exemplos do que já provocaram estas divergências de interesses entre o Mundo Ocidental e o Médio Oriente. Quantos mais serão necessários para que se tomem as atitudes necessárias para evitá-los de vez?
"Casa Roubada trancas à porta" e ingenuamento foi o que pensei que fosse feito. Como é possível que algo como isto possa ter acontecido numa cidade que tantas vezesteve sob ameaça? Um descuido? Incompetência? De quem?

Por este andar ainda há-de chegar o dia em que a maior causa de morte no mundo sejam os ataques terroristas e não as doenças. Mas quere-me parecer que deste mal não hão-de sofrer os todo-poderosos. Estes limitam-se a regular o mundo como se de mover as peças do jogo se tratasse.

domingo, 3 de julho de 2005

The Show Must Go On

Hoje por todo o mundo aconteceram vários concertos em consonância com o objectivo de chamar a atenção para a situação de África, sobretudo às 8 maiores economias mundiais. Aconteceu o evento a que se deu o nome de Live 8. E como os Queen tiveram um papel muito importante na 1ª vez que se organizou algo do género (Live Aids), deixo num tributo à banda a letra de uma das suas músicas:

Empty spaces - what are we living for
Abandoned places - I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for...
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain, in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore

The show must go on
The show must go on, yeah
Inside my heart is breaking
My make - up may be flaking
But my smile still stays on

Whatever happens, I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for?
I guess I'm learning (I'm learning learning learning)
I must be warmer nowI'll soon be turning (turning turning turning)
Round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free

The show must go on
The show must go on, yeah
yeahOoh, inside my heart is breaking
My make - up may be flaking
But my smile still stays on
Yeah yeah, whoa wo oh oh

My soul is painted like the wings of butterflies
Fairytales of yesterday will grow but never dieI can fly - my friends
The show must go on (go on, go on, go on) yeah yeah
The show must go on (go on, go on, go on)
I'll face it with a grin
I'm never giving in
On - with the show

P.S- Estou a ver que não lançam sugestões sobre o assassino, que belos detectives me sairam hein! :P

Omnipresença

"Ser tudo de todas as maneiras,
viver tudo de todos os lados,
ser a mesma coisa de todos
os modos possíveis, ao mesmo tempo.
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos,
num só momento difuso, profuso, completo e longínquo"

Fernando Pessoa

quinta-feira, 30 de junho de 2005

Disturbing Season

Movida por uma súbita inspiração e depois de grandes provas ultrapassadas :P encontro-me com vontade de comunicar e como tal venho aqui novamente (apesar de não ser tão frequente como seria desejável) deixar algo escrito. As férias estão aí e só me apetece pensar em apanhar sol e não enfiar a cara nos livros, fotocópias, apontamentos, etc...todas essas coisas que nos perseguem enquanto estudantes. É incrível como todo este calor afugenta a miníma vontade que no mais profundo do meu ser ainda resistisse para ficar enfiada em casa em frente a coisas que se fossem mais secantes corriam o risco de se incendiarem. Mas é essa a realidade que eu e os vários alunos da Escola Superior de Comunicação Social estamos prestes a enfrentar. Isto se quisermos passar de ano e deixar para trás o que ao ano anterior pertence.
Os exames estão aí à porta e há que aproveitar as últimas oportunidades para acabar o ano. Apesar de em Setembro a dose se repetir. Mas o que interessa é que o Verão está aí e mais cedo ou mais tarde a praia estará a chamar por nós e como é óbvio não poderemos ou sequer conseguiremos resistir a tal apelo. Em contrapartida, depois de um dia de bronze...Saídas à noite, praias iluminadas pelo luar, bebidas refrescantes, pouca roupa no corpo...o cenário perfeito para terminar.

PS1 - Alguma aposta em relação ao assassino de António Paiva Calado da novela Ninguém como tu??

PS2 - Não percam o novo jornal do mercado 8ª Colina. Feito pelos aspirantes a jornalistas do 3º ano da ESCS. A edição 0, ainda sem encargos para o leitor, já está nas bancas. Esperemos que a próxima seja bem recebida :)

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Bus Trip ...

As relações humanas são muito complexas como se constata à medida que se cresce, se experencia e se desenvolve o intelecto. Falar sobre as mesmas ainda se torna mais complicado, sobretudo numa altura em que começo a por em causa certos princípios tidos como certos. A adaptação de personalidades, de pontos de vista, de ideais etc nem sempre é fácil. E quando esse processo não é bem sucedido entre pessoas que são forçadas a conviver (familiares ou colegas) o resultado é lastimoso e dá-se origem a vários conflitos de interesses. Na verdade eu só quero encontrar paz e só encontro guerra. Cada vez se torna mais difícil para mim conviver com quem me rodeia e iludir-me a mim e os outros de que estou bem. Sinto que falhei, olho para traz e não vejo nada de que me possa orgulhar e muito menos algo que por si só me motivasse a continuar.
É possível que por gostar tanto de viver me recuse a desperdiçar esta vida limitando-me a deixá-la passar, indiferente, por mim. Tenciono um papel activo e de preferência, com sucesso.
Mas de que forma? Se para onde vou, não sei... Também que importa?! Temo que nada me espere. E que eu espere de mais.
Sem firmeza, opto por deixar que o autocarro me passeie e aprecio esta viagem cujo destino permanece desconhecido.
Porque terá tudo uma razão? Porque será que tudo tem um caminho previsto? Não me é consentido simplesmente vaguear?
Se me deixo levar estritamente pela razão que me faz agir, desprezo todas as outras à minha volta, que me permitem apreciar os deleites deste percurso.
À espera de encontrar a paragem que faz parte do meu rumo, ao caminhar de autocarro abstraio-me das restantes por que passo. No final o que aproveito?

terça-feira, 21 de junho de 2005

Finding Love...

Constrói o templo do desejo
Guarda o sublime gosto de um beijo
submete o corpo à tentação
Até uma prova de amor conceberes
que reflicta o tudo no nada
Impossivel de refutar
Impossivel de negar
As fissuras que se escondem
Não ignores ou remendes
O desprezo apenas irá aprofundá-las
e com a emenda acabam sempre por ficar a descoberto
Num sorriso descobre o brilho do olhar
Ouve a música que te quero desvendar
Coberta por um véu perfumado
cúmplice da sua melodia.

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Do it

Quem lê o título certamente irá pensar que este post estará de alguma forma relacionado com a frase de promoção da Nike Just Do It, mas longe disso...neste post vou sim deixar a letra de uma música que acho ter certa piada. Sem referir a quem pertence pois penso que alguma forma tenderiam a menosprezar o seu pontencial lol. Certamente que pode haver gente que a reconheça...enfim vou passar à música:

It's just another thing keep your eye fixed on the road
Do what your mama said
I will not be told
Keep your mouth shut, keep your legs shut
Go back in your place
Blameless, shameless, damsel in disgrace

Who cares what they say
Because the rules are for breaking
Who made them anyway
You gotta show what you feel
Don't hide

Come on and do it
Don't care how you look, it's just how you feel
Come on and do itYou gotta make it real
Come on and do it
It's time to free what's in your soul
You gotta get it right, this time
Come on freak out lose control

Remember things like this should be seen and never heard
Give a little respect to me & it will be returned
Keep your head down, keep your nose clean
Go back against the wall
Girl there's no way out for you
You are sure to fall

Who cares what they do
Because it's yours for the taking
So it's not for you anyway
Make your own rules to live by

You might do the wrong thing
for the right reasons
Don't just do the right thing
to be pleasing

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Um Luxo Esquecido

Num recanto meio envergonhado é onde encontro o que outrora foi o centro de todas as atenções, o Parque Mayer. É em plena Avenida da Liberdade que se esconde. Um local que passa completamente despercebido no meio de toda a agitação da capital portuguesa. E lá o que avisto é um recinto velho, feio e sujo… completamente o oposto de um local moderno ao ar livre. Como habitué das figuras marcantes do país, ali apreciava-se a beleza arquitectónica do restaurante "O Manel". Sentiam-se os cheiros de assados e fritos que invadiam o Parque e lhe traziam vida.
Porém se antes era um atractivo para o público que enchia os quatro teatros, Maria Vitória, o Variedades, o Capitólio e o ABC, em 2005 não passam lá mais do que algumas pessoas que compram bilhetes para a única revista em exibição no teatro Maria Vitória, Arre Potter Qu’é Demais!!. Por entre palcos a ruir, lixo acumulado nos recantos de cada entrada e fachadas em decomposição, lá estão os cartazes que são os únicos elementos que dão alguma cor ao que parece pardacento e nos fazem reconhecer ali o Parque Mayer. Contudo, ainda que esta peça, réstia da tradicional “revista à portuguesa”, atraia desde o final do ano passado bastante gente, devido ao desinvestimento teatral que se tem acentuado esta é uma situação incomparável aos seus tempos áureos, segundo ouço dizer por aqueles que tiveram a sorte de a tal assistir. Eu não tive… e só este cenário arruinado posso vislumbrar.
É certo que por diversas vezes esta situação decadente em que o antigo pólo cultural se encontra foi alvo da atenção e o que não faltou foram ideias para projectos que pretendiam transformar o espaço, mas na verdade em nada nenhum deles se reflectiu naquilo que lá vejo. O papel foi a única forma que assumiram. Para promessas de políticos serviu, mas não para servir os actores com que me deparo neste passeio. Actores conhecidos da nossa praça, que se expõem por esta causa mas sem qualquer êxito.
E ponho-me a imaginar que no lugar de quatro edifícios ilustrando uma fachada tão longe do seu auge, poderia estar um casino, o que significaria a total descaracterização daquele espaço se fosse seguida essa intenção do actual Presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. Mas o que se criou foi apenas polémicas em torno da contratação do arquitecto canadiano, Frank Gehry. E em pleno ano de eleições autárquicas, mais uma vez a perene questão voltou à tona. Nenhum dos candidatos deixou de revelar qual pensa ser a solução para o problema. Se do candidato Sá Fernandes pode esperar-se que o parque vá deixar de ser um espaço para a população sobretudo lisbonense, para se tornar cosmopolita, restrito a intelectuais, já Manuel Carrilho não se mostra tão radical. Apesar de querer transformá-lo em espaços verdes, ligando-o ao Jardim Botânico, prevê também a requalificação do Capitólio. Enquanto sigo caminho reparo na campanha que chega a partir dos cartazes que estão por lá espalhados, mais à frente, numas paredes escondidas do recinto descubro desenhadas as figuras marcantes daquele lugar e pergunto-me… o que diriam de tudo isto?